Como foi Submundo SteamPunk: viagem ao cabaré CAOS
// September 27th, 2011 // 8 Comments » // Loja, Moda, SteamPunk
Concluímos que o “Submundo SteamPunk: viagem ao cabaré Caos” cumpriu com seu intento. Um evento diferenciado dos demais que vínhamos fazendo até então e que pretendemos continuar fazendo. Uma mistura de SteamPunk, DieselPunk e CyberPunk.
Vista geral do Submundo SteamPunk – foto Irineu Klosowski
Foi uma experiência que fugiu ao que tradicionalmente temos realizado até o momento.
DJ Guardian de Curitiba e da Loja PR do Conselho SteamPunk – foto Irineu Klosowski
No início de nossa comunidade no Orkut solicitamos várias sugestões para tentar agradar a todos, mas como diz o ditado “não é possível agradar a gregos e troianos ao mesmo tempo”.
DJs de Mafra (SC) do Projeto Firetrix e da Loja PR do Conselho SteamPunk: DJ. Junio Bauer e DJ JC – foto Irineu Klosowski
Ainda não conseguimos fazer a máquina a vapor para satisfazer steamers como Bruno Hoffman, Rômulo Nascimento e Luciano Sell, mas não desistimos.
Sancta Badra, Cléo Cavalcanty, Aline Walkoff e Miss McCarthy – foto Irineu Klosowski
O Submundo Steampunk abriu suas portas mais tarde, apesar dos avisos do flyer, barrou menores na entrada, trouxe 3 Djs que tocaram praticamente a noite inteira, pausando somente na troca entre eles para uma apresentação especial bem ao estilo Cabaré Caos, quando 4 mulheres apresentaram sua performance especialmente ensaiada para esse tipo de evento.
A festa acabou apenas às 4 da manhã.
Os sons melódicos saindo da música de DJ Guardian – foto Marcos Mathias
Para descrever um pouco melhor, reproduziremos aqui a mensagem enviada por um dos steamers presentes:
Ilustríssimos Senhores:
Minhas sinceras saudações.
Na condição de um cidadão-comum da província curitibana da Comarca do Paraná, através desta carta congratulo e elogio – em nome de uma dúzia de convidados ao qual representei – os idealizadores do ousado evento realizado pela Loja Paraná, jurisdicionada ao Conselho SteamPunk, no último sábado 24 de setembro de 2011, a.D., nomeado pertinentemente de Cabaré Caos.
Juntamente de minha digníssima ladie, compareci ao referido munido do mais descente respeito pelos cavalheiros e damas que adornaram com beleza e competência o ágape do qual propuseram ao público suas sãs energias. Em companhia também de distintos cavalheiros da baixa sociedade coré-etubana, compartilhamos das honrarias do prazer e da glutonaria, pecados estes que nos seriam condenáveis numa sociedade hipócrita. Nossas cartolas tremularam ao repique da excelente música, executada com esmero e conveniência típica de trovadores do populacho das melhores tavernas londrinas.
Injusto seria não proferir augures também às belíssimas dançarinas que fizeram desamarrar muitíssimos espartilhos ao fim da noite por parte de suas congêneres. Tão aclamado momento fez pulular os pelos e cabelos, de cabeça a cabeça, de qualquer gentleman ali presente, quer fosse este viril ou não. Um espetáculo digno de admiração e imaginação despudorada, própria da insanidade à qual conduziu.
Sugerimos, portanto, a reprodução de festins desta magnitude com mais freqüência, uma vez que nossa simplória vila é desprovida destas qualidades surreais e extremamente carente a este respeito. Artistas de vossa estirpe, surgidos como a mais famosa trupe circense dos confins da terra, ou mesmo, poetas das delícias terrenas nascidos do maquinário da indústria do impossível, são dignos de rememoração e altivez por parte dos cidadãos das terras do Guairacá. Nossos clamores vos são concedidos neste tom, meus senhores!
Trazeis vós a modernidade do vapor, o espetáculo da engrenagem, a ascensão e o progresso da viagem pelos ares e pelo tempo a esta cidade que teima em não dar corda em seus relógios. Permiti-nos o desligamento deste mundo de racionalidade e iluminismo exagerados através dos prazeres da carne e da alma, dos sentidos e do coração, movidos pela contemplação de belas damas, a companhia de incomparáveis cavalheiros e a alucinação do absinto mesclado ao mosto da cana-de-açúcar gerado pelos moinhos tupiniquins.
Absolutamente tudo sentido através da liberdade da alma, porém, com a devida moderação material, abre caminhos jamais superados. É disso que temos sede…
Como diria o irmão do esquadro e do compasso, Júlio Verne, “Tudo o que uma pessoa pode imaginar outras poderão fazê-lo na realidade.”
Agradecidamente
Rogério Bealpino.’.
(e seus consócios)
Steamers André e DJ JC de Mafra
Agradecemos às dançarinas: Cléo Cavalcanty, Miss McCarthy, Sancta Badra e Aline Walkoff por sua excelente performance “chair dance”.
Ao AOCA Bar por acreditar em nossa empreitada e por nos proporcionar o espaço e a oportunidade de divulgar um movimento underground em seu estabelecimento.
Capitã Anne foto Roberson Caldeira Nunes
A loja de fantasias Criatura de Marte pelo empréstimo da cortina que acabamos não usando.
DJs de Mafra (SC) do Projeto Firetrix DJ. Junio Bauer e DJ JC – Foto Daniel Doerner
Aos steamers e DJ de Curitiba (PR) DJ Guardian e aos DJs de Mafra (SC) do Projeto Firetrix DJ. Junio Bauer e DJ JC.
Steamers da Vila Join (Joinville – SC)
Além da presença dos steamers curitibanos, agradecemos também às ilustres presenças de steamers da Vila Join (Joinville-SC), Guarapuava (PR) e Belo Horizonte (MG), que nos prestigiaram.
Steamer Bruce Lima da Loja Minas Gerais do Conselho SteamPunk (Projeto Caoss http://caossblog.blogspot.com/)
Assista aqui a coreografia Chair Dance: http://www.youtube.com/watch?v=KN1uh6hlqmw
A todos, o nosso muito obrigado!
Fogo na caldeira e asas a imaginação steamers!